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Carta às novas Rádios LivresCarta às novas Rádios Livres - por Marina Todo começar algo é a busca de um ciclo. Um ciclo que inicie o movimento de uma série de ações determinadas e refletidas. Deve ser muito bem pensado portanto, este começo. E é isso o que vamos fazer aqui: procurar ajuda-lo neste começo, sempre tão difícil. Reúna pessoas, antes de mais nada, também interessadas no projeto da rádio. Se necessário, redija um texto, contando os seus propósitos e esteja aberto à complementações e críticas; afinal, rádio livre "é de todos", nunca de uma só pessoa. Crie uma lista de discussão na internet e vá adicionando os interessados. Além disso, quando já tiver reunido um bocado de gente (nem que sejam 3 ou 4 pessoas), organize uma reunião semanal num horário acessível a todos, e lá discuta as questões principais deste glorioso início. Discuta questões como: a compra dos equipamentos (transmissor, antena, mesa de som, cabos e retorno); como descolar um espaço; se a rádio terá ou não princípios; um nome, enfim. E, acima de tudo, faça contatos, porque pode ser que você consiga esses equipos por meio de ajuda de outros, quando eles estiverem sobrando. Não somente, o apoio de outras rádios pode dar força a esse movimento inicial tão tortuoso. Vá a encontros, conheça outras rádios livres, de modo que você possa ir cada vez mais aprimorando sua percepção do movimento como um todo e a própria prática da rádio livre de que faz parte. Arrumar um espaço muitas vezes é o mais difícil. Mas se a rádio estiver dentro de uma universidade (como costumam ficar as rádios livres), não é difícil encontrar uma sala vazia. Quando encontrá-la, ocupe-a e logo coloque a rádio em funcionamento: quanto mais tempo no ar, melhor para a resistência. Mas procure fazer concessões, apresente o projeto da rádio a alguma entidade e diga quais são os propósitos e necessidades. Assim fica melhor para ambas as partes. No caso de a rádio estar fora da universidade, procure fazer concessões; caso contrário, vá a alguma ocupação que tenha afinidade e apresente o projeto. Afinal, resistir pelo direito à moradia e pela democratização dos meios de comunicação de uma só vez é muito complicado. Melhor fazer com mais pessoas do que o habitual número de programadores da rádio. Quando a rádio estiver funcionando, faça eventos: debates discutindo a rede ou a democratização dos meios de comunicação, festas etc. Isso dá legitimidade ao ato. Faça intervenções: reúna os equipamentos e dê uma oficina aos novos programadores, quando a rádio já estiver há algum tempo no ar. Faça retransmissões. Faça oficinas em bairros carentes e conte a sua história: democratize a informação. Em caso de dúvidas sobre os equipos necessários e de como monta-los, existem textos detalhados em páginas de RLs desta rede (por exemplo: muda.radiolivre.org). Pesquise tudo sobre tudo, o máximo que puder. E dê notícias, para que possamos contar a rádio que faz parte como mais uma nesta rede (de informações, experiências e apoio). |
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