Por Takashi Tome
A data: 25 de setembro de 2004, um ensolarado sábado na capital paulistana. O local: Museu da Imagem e do Som. O evento: Lançamento do livro “Rádio – Sintonia do Futuro”, de André Barbosa Filho, Ângelo Piovesan e Rosana Beneton, organizadores. A cena: Logo após a palestra dos autores, um rapaz lança uma pergunta sutil: “Se tudo – o rádio, a televisão – será digital, e se todos eles serão baseados em MPEG, o que irá diferenciar um do outro? Onde termina um e começa a outra?”
Pergunta capciosa. Merece reflexão. O rapaz tem razão. Num futuro próximo deveremos ter rádio e televisão digitais. O rádio digital não será mais o que é hoje, ou seja, um aparelhinho pra gente apenas ouvir. Ele poderá ter um pequeno display, onde poderemos ver o nome da música e do intérprete (convenhamos: Isso sempre fez falta. Quantas músicas bonitas, alegres ou tristes eu ouvi, e queria saber o nome da música ou do intérprete mas não deram, passou e nunca mais eu soube...). Bem, esse display poderá ser um pouco mais requintado e poderemos ver então a capa do CD (ops! quase digo “capa do disco”...) ou o que seria melhor: a cara do artista. Depois, na hora do noticiário, poderemos ver as fotos das notícias, como se fosse no jornal. Ou, então, até pequenos segmentos de vídeo, em baixa resolução, como, por exemplo, o repeteco do gol do timão. Goooooooooolllllll !!!!